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A população de pessoas em situação de rua continua crescendo na cidade de São Paulo. Esta é a principal informação da pesquisa sobre o assunto divulgada pela Prefeitura de São Paulo em 2016, com base em pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), da USP.

A população em situação de rua será tema de uma audiência pública na Câmara requisitada pelo vereador Eduardo Suplicy.

O levantamento, realizando entre 23 fevereiro e 23 de março de 2015, identificou 15.095 pessoas em situação de rua na capital paulista à época – é a pesquisa mais recente da Fipe, que é feita de três em três anos.

O número é 82% maior do que o registrado em 2000, um dado chamou a atenção: o ritmo de crescimento diminuiu – era de 5,1% ao ano entre 2000 e 2008, e caiu para 2,5% ao ano a partir de 2009. Entre 2011 e 2015, o aumento foi de 16,3%. No mesmo período, a população total cresceu 4,9%.

A pesquisa mostra que a maioria das pessoas nessa situação é de homens (82%). Da faixa etária, a parcela predominante –36,6%– é de 31 a 49 anos.

O distrito que mais tem pessoas dormindo nas ruas é a Sé, no centro, que inclui a cracolândia -nele estão 52,7% dos moradores de rua da cidade. Em seguida aparecem Mooca (11,5%), Lapa (5,6%), Santana/Tucuruvi (3,7%) e Pinheiros (2,9%).

A situação fica mais complicada quando se observa a disponibilidade de vagas nos 80 equipamentos sociais da cidade de São Paulo: são 8,7 mil vagas nos albergues e centros de acolhimento para quase 16 mil pessoas em situação de rua.