Uma sessão histórica por se tratar apenas da instalação da comissão e do início dos trabalhos. A Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Municipal, presidida pelo vereador Eduardo Suplicy, teve a sua primeira sessão marcada pela indignação e protestos contra os recentes ataques a pessoas em situação de rua por parte da Guarda Civil Municipal.
E serão justamente as pessoas em situação de rua que terão a prioridade nas discussões e debates nesta fase inicial de trabalhos, segundo definiram os integrantes da comissão.
O caso Samir Ahamad, morador de rua que foi agredido na região do Jabaquara no dia 3 de maio foi o tema de destaque na reunião.
O padre Júlio Lancelotti, Coodenador da Pastoral de Rua da Arquidiocese de São Paulo, disse que o caso Samir é algo comum nas ruas da cidade de São Paulo. “O episódio Samir é emblemático. Ele mostra qual é a real situação. É uma situação difícil e desafiadora para todos nós, para toda a sociedade, e temos que dar a melhor resposta possível.”
O vereador Eduardo Suplicy (PT) admitiu que o tema morador em situação de rua deve tomar a maior parte das reuniões da comissão nesse primeiro momento e informou quais serão os outros temas desse ano.
“Além da população em situação de rua, que vai envolver também uma discussão sobre a Cracolândia, também vamos debater sobre a situação da população LGBT, que envolve o Programa Transcidadania e a intolerância religiosa, sugerida pelo vereador Quito Formiga”, explicou Suplicy.
A Comissão Extraordinária Permanente de Defesa de Direitos Humanos, Cidadania e Relações Internacionais voltará a se reunir daqui a 15 dias, no dia 18 de maio.