A audiência pública sobre os limites de velocidade nas Marginais do Tietê e do Pinheiros, que ocorreu nesta quarta-feira (03/05) na Câmara Municipal, frustrou parte dos participantes e convidados. Como os representantes da Prefeitura de São Paulo não compareceram, nova audiência foi marcada para o dia 16 de maio.
O secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda, e o presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), João Octaviano Machado Neto, avisaram em cima da hora que não poderiam comparecer ao evento, que foi convocado pela Comissão de Trânsito e Transportes e pela Comissão de Politica Urbana – o vereador Eduardo Suplicy é integrante desta última.
Mesmo com as ausências, foram ouvidos representantes da USP (Universidade de São Paulo), do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), representantes dos Arquitetos e de ONGs.
A Polícia Militar apresentou, no último dia 27 de abril um balanço de acidentes nas Marginais no 1º trimestre deste ano comparado com o mesmo período de 2016, com as velocidades reduzidas, e constatou que houve um aumento de 60% no total de ocorrências: 367 acidentes com vítimas este ano, contra 229 casos em 2016.
De acordo com a CET, houve oito mortes nas Marginais este ano, sendo sete motociclistas que se envolveram em acidentes com outros veículos e um homem que foi atropelado ao tentar atravessar as pistas.
O pesquisador em Mobilidade Urbana do IDEC, Rafael Calabria, explicou que as pessoas precisam entender que houve uma mudança de paradigma na segurança de trânsito e a redução da velocidade é primordial.
“Essa nova tendência, que começou na Europa e tem se espalhado pelo mundo, é de eliminar fatores de risco no seu princípio: com geometria viária, com regulamentações mais delimitadas, para forçar um comportamento mais seguro do motorista, em detrimento da velocidade plena”, disse.
O integrante da Comissão de Política Urbana, vereador José Police Neto (PSD), discorda do aumento da velocidade nas Marginais, justamente pelo aumento do número de acidentes com vítimas. “Se o Programa se chama Marginal Segura, porque a âncora desse programa é o aumento da velocidade?