Um serviço melhor e mais ágil para os trabalhadores migrantes que chegam a São Paulo. Essa foi a principal reivindicação dos convidados que falara à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Migração, na Câmara Municipal de São Paulo, em sessão desta terça-feira (18/04). A CPI é presidida pelo vereador Eduardo Suplicy.
Representantes de diferentes instituições que atendem imigrantes em São Paulo sinalizaram que a falta de preparo dos profissionais dos serviços públicos. É preciso mais treinamento e orientações para que o atendimento surta o efeito necessário.
Para a coordenadora do Centro de Referência para Refugiados e integrante da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo, Maria Cristina Morelli, se houver um melhor atendimento aos imigrantes, eles conseguirão ter emprego e moradia.
A Cáritas atendeu no ano passado uma média de 16 imigrantes por dia de diferentes países, como Angola, Congo, Nigéria e Síria. “Os serviços aos imigrantes devem ser pensados após a saída deles dos abrigos públicos”, disse Maria Cristina ao site da Câmara.
O integrante do Conselho Participativo do Butantã Werner Regenthal é imigrante alemão e elogiou os avanços das políticas públicas na capital paulista. “As leis melhoraram bastante, o fato de os conselhos terem uma cadeira para imigrantes é uma grande conquista. Participar de eleições é algo fundamental e os políticos municipal, estadual e federal poderiam pensar em algumas mudanças na legislação.”
A presidente da ONG Presença da América Latina, Oriana Jara, que participa com frequência das discussões da CPI, concordou com os problemas apresentados por todos os participantes e elogiou o trabalho da CPI. “Capacitar os profissionais dos serviços públicos e respeitar os imigrantes é o começo de tudo.”
Para Suplicy, é fundamental ouvir o máximo de pessoas para que a CPI apresente propostas para melhorar as condições dos imigrantes. “Vamos encaminhar todas as sugestões para acolher melhor os migrantes.”