O contrato com o Consórcio de Compras S.A., que será o responsável por construir o Shopping Popular, no Pátio do Pari, onde hoje está a Feira da Madrugada, será mantido. A informação foi dada hoje pela Prefeitura de São Paulo em reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Feira da Madrugada, da qual o vereador Eduardo Suplicy é integrante.
O chefe de gabinete da Secretaria Municipal do Trabalho e Empreendedorismo, Pedro Henrique Somma Campos, disse em depoimento nesta terça-feira (5/12), que não há razões para interromper o contrato.
“Até esse momento a Secretaria de Trabalho não foi notificada formalmente sobre alguma irregularidade que inviabilize a continuidade do contrato.”
A interrupção do contrato é uma reivindicação dos comerciantes da Feira da Madrugada, que se recusam a ir para o espaço provisório, chamado de Amarelão.
O representante da Secretaria do Trabalho também confirmou que a intenção da Prefeitura e do Consórcio Circuito de Compras S.A. é interromper os trabalhos da Feira depois do Natal para iniciar a transferência dos comerciantes para o Complexo Amarelo, que fica no mesmo Pátio do Pari, mas do outro lado da linha férrea.
O presidente da Associação Estação Feira da Madrugada, Ananais Rodrigues, o Obama Brasil, que representa dois mil comerciantes, informou que eles não vão deixar a Feira depois do Natal.
“A Comissão de trabalhadores juntamente com a Associação decidiu em ata que nós não vamos deixar a atual Feira da Madrugada para o Amarelão e nem para lugar nenhum.”
Esta foi a última reunião ordinária da CPI da Feira da Madrugada. O relatório final deverá ser apresentado na próxima terça-feira (12/12) pelo vereador relator Camilo Cristófaro (PSB).