A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Política de Migração, presidida pelo vereador Eduardo Suplicy, realizou nesta terça-feira ((04/04) a sua terceira reunião de ordinária com a presença de três convidados.

Deram seus depoimentos Rene Cesar Barrientos, presidente do Instituto de Culturas e Justiça da América Latina e do Caribe (Icujal) e o comerciante Robert Wilson Teran Cayoja – Maria Luisa Vieira, da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDH), acabou não falando na comissão.

Barrientos e Cayoja, dizendo ser representantes de parte da comunidade boliviana, criticaram a gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), afirmando que nada tinha sido feito em benefício dos imigrantes naquela administração.

Da plateia, pelo menos duas pessoas contrapuseram essas informações e defenderam as ações de Haddad. A chilena Oriana Jara, conselheira migrante da cidade de São Paulo, citou importantes avanços na política de imigração, como a melhora dos centros de acolhimento e de auxílio de todos os tipos aos que chegam à capital.

Já Luís Vasquez, da Associação de Empreendedores Bolivianos da Rua Coimbra, lembrou que, após 11 anos de luta, a Feria de Bolivianos da Rua Coimbra foi regularizada em 2014, durante a gestão de Haddad.

Eduardo Suplicy, o presidente da CPI, disse que foi importante a presença dos bolivianos e detalhou os importantes projetos realizados pela Secretaria de Direitos Humanos durante a gestão anterior.

“A CPI tem a oportunidade de ouvir as diversas entidades de imigrantes. Nos anos da gestão passada, foram desenvolvidos centros de referência e acolhimentos para os imigrantes, cursos de capacitação profissional e de português. A reclamações apresentadas por alguns bolivianos foram contestadas. É importante que a administração possa melhorar as condições em que os bolivianos realizam suas feiras e festas tradicionais. A CPI quer fazer o melhor”, disse Suplicy.

A CPI aprovou 16 novos requerimentos. Dentre eles, convites para que Paulo Illies (ex-coordenador de políticas para migrantes da gestão anterior) e a atual secretária de Direitos Humanos, Patrícia Bezerra, sejam ouvidos pelos vereadores.